terça-feira, 16 de abril de 2013

tudo de novo diferente

Hoje acordei com vontade de escrever um texto despretensioso, que expressasse a sensação de bem estar que estou sentido, um calor de amor.
Brindaram-me (a vida?) com a sorte de um amor tranquilo, com relações amorosas por onde quer que eu passe, com uma casa com jardim e uma linda árvore. É uma vida para lá de boa, mas nem todo dia a enxergo assim. Talvez pelos (muitos?) desejos ainda não realizados, talvez pelas incertezas que aparecem no caminho (ou seriam, de novo, os coiotes?) ou pelas escolhas que fiz e que, imagino, poderiam ter sido diferentes.
Todas essas questões não são novas. Sou eu e o outono, novamente. Sou eu brigando com o outono, de novo. Sou eu e o outono de novo, mas diferente. Sou eu fazendo as pazes com o outono. Sou eu grata pelo desapego, pela conta que pago, pelo dinheiro que não sobra, pela viagem que não vou fazer, pela volta ao mundo que ainda não dei, pela casa que escolhi morar e, principalmente, gratidão por tudo que importa: o aqui e o agora. De novo diferente.
É esse estado que me faz desejar coisas muito boas para meus alunos e alunas, para meus pais, para todas as minhas relações e para o meu amor. Hoje eu me senti em paz com o ano que se iniciou conturbado e dolorido, cheio de mudanças, cheio de situações nas quais não me reconheci e outras nas quais me perdi. Hoje senti que está tudo certo, está tudo bem.
E de repente hoje saudade de Pedra Bela, da sabedoria da natureza, de encontrar meus parentes, de ser feliz com o que a vida me traz. Um calor por dentro de novo é diferente: a cada período de recolhimento poder renovar as esperanças com o que é e não criar expectativas com o que não é.
Desejos sem me amarrar, liberdade dos ciclos e que assim seja.

2 comentários:

Taissa Ta disse...

aiai...
Me arrepiei desde a primeira até a última letra deste texto cheio de amor.
Te amo tanto!
Teco

Unknown disse...

Eu também, emoçao pura, mta identificação... parabéns, Dri