sexta-feira, 17 de julho de 2020

criança e eu

A sensação é de um mar a navegar.... só que quanto mais avanço, mais longe fica o horizonte. Eu subi 8 andares, mas faltaram dois. Porquê? É cansaço ou preguiça, não assumir a responsabilidade que é do adulto. Delegar a escolha para a criança, não acredito, não percebi isso? Ou pode ser uma avalanche, tantas demandas, nesse mar é preciso priorizar, organizar. "Eu só quero cuidar do meu filho", ela me disse. Na hora eu não entendi, mas depois fez tanto sentido: taí a força que eu não tenho mais. Eu queria que alguém fizesse por mim. Outro dia eu disse para ela assumir suas responsbilidades porque ai residia a alegria da vida adulta, fazer por si, sem esperar de ninguém, nada. Mas a minha fala era para mim, como sempre. Espelho. E a minha responsabilidade, meu "walk your talk" - para onde foi? A pessoa mais consciente deve se responsabilizar, assumir a linha de frente. É cansativo, mas alguém tem que fazer. São desabafos, vontade de chorar ao perceber a complexidade do simples. É simples e alguém tem que fazer. Esse alguém sou eu.

Um comentário:

Anônimo disse...

acho curioso mas sinto que o "alguém" acaba sempre sendo a "mãe".