quinta-feira, 29 de março de 2012

como estrelas

"Agora, o braço não é mais o braço erguido num grito de gol.
Agora, o braço é uma linha, um traço, um rastro espelhado e brilhante.
E todas as figuras são assim: desenhos de luz, agrupamentos de pontos, de partículas,um quadro de impulsos, um processamento de sinais. E assim — dizem — recontam a vida.
Agora, retiram de mim a cobertura da carne, escorrem todo o sangue, afinam os ossos em fios luminosos, e aí estou, pelo salão, pelas casas, pelas cidades, parecida comigo. Um rascunho. Uma forma nebulosa, feita de luz e sombra. Como uma estrela. Agora, eu sou uma estrela".
Fernando Faro, recitado por Elis Regina em O trem Azul.

Esse trecho representa esse momento que estou vivendo, ainda não consigo escrever mais. Quem sabe, numa hora dessas, eu não reescreva o rascunho? São tantas coisas no meu pensamento.... estou querendo ficar com elas, digerí-las.

Enquanto pensamentos eu os aceito, mas ainda dói escrever.

Nenhum comentário: