sábado, 24 de março de 2012

luz da lua

Sentei ao redor da fogueira, em cima do cobertor. A grama estava úmida e eu estava com frio. Adormeci.
Parece que me transportaram para uma outra dimensão, um outro tempo, um outro mundo. Acordei sentindo o aconchego do lar, um conforto. Olhei para ela ali, ao redor do fogo também, ela brincava e sorria, eu sorri também. Nesse imenso mundo, mesmo estando sozinha, eu me sinto acompanhada. São tantas as formas de presenças que eu sinto. Respiro, respiro profundo.
Essa terra no interior é o lugar que encontro de olhos fechados. Ao pensar neste lugar minha presença se expande em alegria, conforto. Lembrei do lago, nadando, boiando de barriga para cima, iluminada pelos fortes raios de sol. Transpassamos teias de aranhas delicadamente para poder acender uma vela.
Honrei a minha história e todos aqueles que participam ou participarão dela profundamente. É como um quebra-cabeça que se forma e vai fazendo sentido, vai trazendo entendimento. Eu sinto dor também, mas é mais gratidão.
A vida em slow motion. Eu ando, olho, sinto, reconheço e abraço, então, sorrio ou choro. E tudo tem me afetado nessa cadência, devagar e leve.
Dançando um tango, por ai. Dramas. Pegar a mochila e sair por ai sentindo o que o mundo tem para me oferecer para me ajudar a voltar para casa, cada vez mais profunda e intensamente. O mundo é um lugar bonito e intenso e é onde desejo estar por todas as minhas relações.
Levantei, recolhi o cobertor, e fui esquentar a comida.

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