sexta-feira, 15 de julho de 2011

feel that honey.

Esse texto não é um rascunho. Ele vem sendo digerido há alguns meses, e ele ficava ali, às vezes eu esquecia, eu lembrava, eu esquecia, eu lembrava. Na realidade eu não sabia o que escrever sobre amor X sacrifício, dinheiro X prosperidade.... eu não sabia. Convidada a refletir sobre isso e eu não sabia, simplesmente.
Um dia o peito abriu e o amor era só sentir, não havia mais do que me defender. Não havia mais o que atacar, principalmente, pois era muita vontade de deixar a vida entrar. E sacrifício não combinava mais com amor, teria que ser fluido, fluido, na bubuia... E era um prazer absurdo sentir esse amor todo invadindo meu ser, era uma alegria com cócegas. Generoso e largo, cabia o mundo todo num abraço.
E nesse dia não havia mais dinheiro ou prosperidade, era a obviedade da abundância. Abundância expressa numa vida farta por si só. Era um agradecer e um chorar, agradecer-chorar. Muita gratidão pela vida-como-ela-é, pelos amores passados e futuros, pela família amorosa, pelos amigos e amigas e pelos pequenos tesouros. Reencontrei cada tesouro que no caminho sem ver, guardei sem saber e, para minha surpresa, mesmo eu tendo dado-lhes as costas temporariamente, eles estavam ainda lá, me esperando sem pressa ou cobrança.
A melhor parte era o peito receptivo e leve. Um pequenino grão de areia, ainda muito sonhador, agora sim conseguia ver suas estrelas-guias e voltava a pensar em coisas de amor.