terça-feira, 10 de julho de 2012

com os pés no chão, aprender a voar


Encontrei aquela pessoa que eu sabia ser. Aleatoriamente. Viver de olhos fechados é fácil. De olhos fechados eu sabia ser. Lapidar quem eu sou de olhos abertos, desafio. Encarei.
Eu corria, corria, mas nunca chegava. Desci nos porões sem rima, escalei as paredes cinzas, entrei em labirintos coloridos. Percebi que nem sempre as cores confortavam. Eu estava ali, mas não estava, estava por toda parte, misturada nos espelhos dos encontros. Experimentei o inferno e o céu, no mesmo dia. Vesti fantasias, vesti luto.
Encontrei realidades nas quais o meu nome era o de menos. Ser livre era uma meta, mas eu não sabia o que - livre - dizia. Com muletas, desejar voar. Você sabe?
Enredo. Aceitei desfiar o fio que me enredava, pesadamente. Com paciência entrou a luz. Criei rimas que rimavam (para mim), pintei paredes proibidas, plantei flores comestíveis, escalei as paredes do labirinto para ver além das cores. Sem regras, pisei no chão, abracei o mundo na sua imperfeição.

4 comentários:

Taissa MPB disse...

que orgulho ver essa flor desabrochar!!
te amo tanto

Adri disse...

amo maiiiiissss <3

Manuela G. Labigalini disse...

Profecia de menina.

E nas sombras de um dia
Irás encontrar
Liberdade tardia
Que fárá voar

ass: inspiração momentânea

Adri disse...

que fofa, Manuela, obrigada <3