quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

deixe-me ir, preciso andar

"O rio nasce
toda a vida.
Dá-se
ao mar a alma vivida.
A água amadurecida,
a face
ida.
O rio sempre renasce
A morte é vida". JGR


Me levantei porque senti que era o melhor a ser feito, tendo em vista o horizonte abundante que nos aguardava. Levantei e sem saber, entreguei meu desejo nas mãos do destino. Mas a vida é agora, e não amanhã, e eu mal sabia que entregava o que eu desejava não entregar.

Se eu soubesse que aquele seria meu último momento junto dele, eu teria ficado. Teria dito que queria ficar, que não me importava com a mudança (eu até estava disposta a ajudar) ou com a caminhada. Eu teria caminhado com ele. Eu queria ficar ali, conhecendo ele um pouco mais, me aventurando naquele sentimento um pouco mais, descobrindo aquele corpo um pouco mais. Mas eu achei que tinha tempo e, então, levantei.

Dias depois, um taxista me diz: "o segredo do amor é se mostrar, todo dia, como se fosse o último dia porque você tem que mostrar o seu diferencial para o seu amor". Afinal, mais do mesmo é o que está cheio por aí. É engraçado ouvir certas coisas aleatoriamente.

Pensei em redenção e pensei em deixar para trás esse seiláoque, porque se for para ficar, renasce. Não tem distância, não tem tempo, não tem esquecimento. O que acontece, se por força do acaso ou do destino eu não sei, pode ser simples e leve, sem complicação ou apego. Ir embora não era opção, eu não poderia ficar. Eu podia ficar quando não fiquei e talvez tenha sido melhor assim.

Nunca um telefonema foi tão esperado e nunca não poder ligar para alguém para saber foi tão sentido. Deixo ir e sigo em frente, são coisas da vida, minha nega.

3 comentários:

lostresmosqueteiros disse...

o que importa é amar, não importa por quanto tempo.
e amar com leveza.
e isso vc sabe fazer muito bem, amiga.
bjo no cuore <3

Adri disse...

gracias minha amiga
<3

Unknown disse...

A vida moderna nos impoe certos desafios! Podemos vence-los todos!