quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

verão em sp

feliz eu cheguei das minhas férias, pensando ah, como era bom chegar das férias na escola e a primeira coisa que a "tia" pedia era para escrever a redação "minhas férias": "nossa, tenho tanta coisa boa para contar!!" infelizmente, tenho um mestrado-novela a terminar e o projeto da redação ficou de canto. entretanto, me restaram observações sobre o verão na minha cidade e sinto um irresistível desejo de compartilhar.
a pessoa chega animada da bahia, ganhou aquele bronzeado - suado para um perfil nórdico habitante do lado debaixo do equador - e, obviamente, quer desfilar com ele pelas ruas da sua cidade natal. acontece que a chuva não deixa, não deixa nem sair de casa, quiçá manter o bronze. sorte de quem encontrar a figura nas primeiras semanas da sua chegada porque a doce ilusão de que conseguirá dar aquela descidinha para piscina para cultivar a cor saudável.... não, não. pedrão não vai deixar. pedrão quer te ver branquelo paulistano, sofra ou aceite seu destino.
no mínimo, no mínimo mesmo, deve haver alguma justificativa mística para tanta chuva. minha prima carioca, veio morar na caótica paulicéia. a pobre já imagina que a vida aqui é isso, vida de anfíbio, enchente, lixo boiando pelas ruas, usar um casaquinho em pleno verão.... e o calor? aquele calor que você não consegue manter uma regatinha no corpo? ah.... isso faz tempo que não se vê por aqui.
e o desespero do proprietário do carro mil-sem-ar quando a 100 metros de chegar ao seu destino - cabrum - cai aquele temporal e em menos de 5 minutos tudo começa a alagar e os vidros a embaçar e, se abre o vidro, molha muito dentro e, se fecha, não enxerga. e passa a mão no vidro, liga o ventilador, liga o limpador no máximo e reza. melhor você rezar muito para não ter que pular do carro e arriscar um dancing in the rain.
no mais, a grande alegria do paulistano são os eventos musicais que parecem multiplicar-se na temporada de verão. e, então, quem não é de açúcar, se arrisca.

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