quarta-feira, 27 de junho de 2012

devagar depressa dos tempos


Numa dessas ondas, conheci Brasilia. Foi um impacto sensitivo, espécie de amor à primeira vista.
Na descida daquela rua, arrependi-me de não lembrar de fotografar. Ou não, eram muitas sensações me povoando para pensar em agir. Preferi sentir.
A sensação de estar no meio, envolvida pelo céu e pela terra. Imenso.
Imenso também era o meu desejo de ser aquilo tudo, de nunca mais parar de contemplar aquela beleza imensa. Devagar depressa o céu se movia. Eu conseguia ver os extremos, 180º completo.
Noite. Nada mais me impactará. Não, não. Olha ali, a praça dos três poderes. Imenso de novo. Talvez a simbologia, talvez o tamanho dos prédios, talvez a Beleza. Arquitetura cuidada. O planalto é lindo. Caldeirão de sensações e emoções, me surpreendi.
Devagar depressa, graças ao tempo, aceitei minha profissão. Os símbolos me comovem pelo seu significado profundo, talvez inconsciente. Acho bonito. Orgulho? Não, isso seria rápido demais.
Eu que sou toda mar, encontrei alegrias longe dele, no cerrado. Amor à primeira vista ou paixão, não seriam essas sensações relacionadas mais ao impacto visual-sensitivo e menos pelo conteúdo? Não importa, eu senti e me entreguei.

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