sábado, 9 de junho de 2012

Esquenta, Buenos Aires - Borges

O coiote de Borges. Jorge Luis Borges. O tempo não lhe alcança, andarilho solitário. O meu coiote. Ele aparece nas horas mais inesperadas, derruba minhas certezas e me pede para levantar, sorrindo. Ele não me dá escolha. Sombra, de novo. Tudo ficou tão escuro! Estava difícil entender suas armadilhas. Entender? Não, a chave é aceitar. Ele colocou minhas entranhas em movimento. Nosso coiote, o meu e o do Borges, é o nosso espelho. Eu e o Borges andamos solitários, dispostos sempre a reencontrar nosso coiote.

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