quinta-feira, 21 de junho de 2012

you told me to write a love song

Camera Obscura é uma daquelas bandas para lá de românticas que eu não canso de ouvir. Descobri ser romântica outro dia, conversando com a Érika. Engraçado não ter percebido antes. Eu imaginava querer ser o que já sou. Sempre admirei os loucos românticos, sem me dar conta das tantas loucuras que já fiz por amor, sem me dar conta.
Quantas distâncias já percorri, quantas, quantos príncipes viraram sapos. Mesmo nos finais "infelizes", todas são boas histórias que guardo com carinho, um baú cheio de recordações. Não nego algumas marcas tatuadas, mas as honro e exibo com alegria. Livre de ressentimentos ou arrependimentos ou saudades. Afinal, tudo isso me trouxe até aqui!
Essa música me faz lembrar dele. Ele era lindo, um francês-australiano (?!) e louco por mim. Eu estava enlouquecida por ele também, aquele homem grande e forte, miragem. De novo, a distância. E eu desisti, queria ao vivo, nada dessas coisas antiquadas de internet. Para mim é antiquado. Contato físico é moderno, sim. Olho no olho é muito moderno, compromisso é moderno, envolvimento é mais moderno ainda. Quem namorava sem tocar? Meus avós e olhe lá. A naturalidade de ter uma amante poderia funcionar em uma outra época, com certas mulheres, em relações nas quais o compromisso valia apenas para a mulher. Não à toa meu avó se referia ao casamento como prisão. Qual a graça de estar com alguém que não se deseja estar por inteiro?
Hoje em dia é muito mais fácil, tudo pode ser dito, sentido e vivido, a moralidade é flexível para quem desejar. Concretizar a fantasia, meu bem.
Ele disse, escreve a nossa história. Eu disse que não tinha história para escrever, esperaria ele chegar, em novembro.

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